Todos os encantos da arquitetura colonial do Brasil e do mundo

Quem mora em cidades históricas ou gosta de viajar pelo Brasil, com certeza, já se deparou com alguma obra da arquitetura colonial.

Trazida por Portugal, ela está presente em igrejas, casarões, edifícios públicos, entre outras edificações.

Sem dúvida, Minas Gerais se destaca com vários tesouros da arquitetura barroca, mas existem outros estados que também guardam surpresas, como Tocantis.

Também vale lembrar que quando falamos de arquitetura colonial podemos nos encantar com obras espalhadas pelo mundo. Ficou curioso para saber quais são?

Neste artigo, trouxemos um panorama geral da arquitetura colonial no Brasil e no mundo. Pronto para fazer uma viagem no tempo? Vamos lá!

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O que é arquitetura colonial?

Ao longo da história, sempre houve disputas de territórios entre os povos. Cada localidade descoberta crescia de acordo com a cultura do país dominante, que empregava ali suas regras.

Diante desse contexto, a arquitetura do período colonial é aquela realizada durante o período de colônia dos países.

No Brasil, conforme vamos acompanhar ao longo do texto, temos diversas obras que trazem características da arquitetura portuguesa.

É possível encontrar elementos de arquitetura colonial em vários outros países do mundo. Além de servirem como objeto de estudo da arquitetura, essas obras encantam moradores e turistas e ajudam a contar a história de cada país.

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Arquitetura colonial na Índia

A arquitetura indiana é famosa no mundo pela influência das religiões presentes em belos templos mongóis, hindus e budistas.

Mas a partir do século XVIII, com a colonização de Portugal, Holanda, França e Grã-Bretanha, o país passou a receber elementos da arquitetura colonial.

Um exemplo bastante curioso dessa influência é a cidade de Goa. Proclamada como a capital portuguesa na Índia, ela tem igrejas que lembram a arquitetura colonial de Outro Preto e outras cidades históricas do Brasil.

Arquitetura colonial: Igreja de Panjim (Goa)

Arquitetura colonial: Igreja de Panjim (Goa)

Arquitetura colonial: Igreja e Convento de São Francisco (Goa)

Arquitetura colonial: Igreja e Convento de São Francisco (Goa)

A Estação Chhatrapati Shivaji e a Torre Rajabai são obras da arquitetura colonial da Grã-Bretanha.

Arquitetura colonial: Chhatrapati Shivaji

Arquitetura colonial: Chhatrapati Shivaji

Arquitetura colonial: Torre Rajabai

Arquitetura colonial: Torre Rajabai

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Arquitetura colonial Mexicana

Quando falamos dos elementos da arquitetura colonial mexicana, a influência da arquitetura espanhola se destaca.

O churrigueresco, também conhecido como barroco mexicano, é um estilo de arquitetura e decoração que nasceu na Espanha e aparece em várias obras no México.

A Catedral de Zacatecas e o Templo de Santa Prisca são alguns exemplos. O estilo se caracteriza pelo exagero e extravagância das formas.

Arquitetura colonial: Catedral de Zacatecas

Arquitetura colonial: Catedral de Zacatecas

Arquitetura colonial: Templo de Santa Prisca

Arquitetura colonial: Templo de Santa Prisca

A arquitetura colonial espanhola também está presente em grande parte dos países da América do Norte e do Sul, como a Guatemala, Filipinas, Nicarágua, Peru e Estados Unidos.

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Arquitetura colonial Americana

A arquitetura colonial americana é influenciada pelos espanhóis, franceses, holandeses e ingleses.

No sul do país é possível conferir casas feitas de adobe e com pátios internos, elementos da arquitetura colonial espanhola. Um exemplo é a Gonzales Alvarez House, na Flórida.

Arquitetura colonial: Gonzalez Alvarez House

Arquitetura colonial: Gonzalez Alvarez House

Já as construções de pedra e os telhados de ripas de madeira são características da arquitetura colonial holandesa. A Bronck House, em Nova York, é um exemplo.

Arquitetura colonial: Bronck House

Arquitetura colonial: Bronck House

Outra característica da arquitetura colonial americana é a presença do estilo churrigueresco, mais uma influência da Espanha. A Igreja de San Xavier del Bac, no Arizona, é um exemplo.

Arquitetura colonial: Igreja San Xavier del Bac

Arquitetura colonial: Igreja San Xavier del Bac

Arquitetura colonial no Brasil

Apesar do descobrimento do Brasil ter sido em 1500, a arquitetura colonial brasileira começou especificamente em 1530, com a criação das Capitanias Hereditárias.

O arquiteto Luís Dias foi o responsável pelo projeto da primeira capital do país, Salvador, fundada em 1549.

Arquitetura colonial: planta de Salvador (1631)

Arquitetura colonial: planta de Salvador (1631)

Lá, assim como em várias cidades do Brasil, é possível encontrar obras com muitas características da arquitetura colonial brasileira.

O primeiro estilo a ser empregado aqui foi o Maneirismo, caracterizado por fachadas compostas de figuras geométricas básicas, frontões triangulares e pintura branca.

O exterior das obras não eram adornados, apesar dos interiores serem ricos em altares, pinturas e azulejos.

A Igreja Matriz de São Cosme e São Damião, (PE), a Igreja da Graça (PE) e Mosteiro de São Bento (RJ) são alguns exemplos de obras maneiristas.

Arquitetura colonial: Igreja Matriz de São Cosme e São Damião

Arquitetura colonial: Igreja Matriz de São Cosme e São Damião

Arquitetura colonial: Igreja da Graça

Arquitetura colonial: Igreja da Graça

Arquitetura colonial: Mosteiro de São Bento

Arquitetura colonial: Mosteiro de São Bento

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Arquitetura colonial no Brasil: O marcante estilo barroco

A arquitetura colonial no Brasil recebeu forte influência da arquitetura barroca. Vale lembrar que o que vemos no Brasil é um pouco diferente das obras barrocas Europeias.

O estilo teve forte presença em países como Itália e França, mas chegou tardiamente em Portugal. Esse fato fez com que a maior parte das obras no Brasil não apresentassem algumas características como curvas em fachadas e plantas.

O estilo barroco se concentra na maior parte no interior das igrejas, em belos retábulos talhados a ouro e com pintura e azulejaria típicas da arte de Portugal.

As maiorias das obras estão presentes em cidades históricas como Ouro Preto, Tiradentes, Olinda, Salvador, São Luís do Maranhão, Diamantina, Recife, Rio de Janeiro e Mariana.

Arquitetura colonial: Retábulo da Matriz de Santo Antônio (Tiradentes)

Arquitetura colonial: Retábulo da Matriz de Santo Antônio (Tiradentes)

A igreja da Glória, no Rio de Janeiro, é uma das primeiras igrejas com planta de influência barroca no Brasil.

Ela foi construída por volta de 1730 e tem a forma de dois prismas octogonais alongados e justapostos, com uma única torre localizada na frente.

Arquitetura colonial: Igreja da Glória no Rio de Janeiro

Arquitetura colonial: Igreja da Glória no Rio de Janeiro

Arquitetura colonial em Ouro Preto

Devido a mineração do ouro e de diamantes, o estado de Minas Gerais chamou a atenção dos colonizadores e recebeu grande parte das obras da arquitetura colonial brasileira. A arquitetura colonial em Outro Preto é um destaque.

Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, é o artista mais famoso desse período.

Além do barroco, se destaca também o rococó, caracterizado pelo requinte das composições ornamentais sobre fundos claros e rocalhas assimétricas.

Uma das características da arquitetura colonial em Minas Gerais é a ausência de azulejos, elementos típicos da arquitetura portuguesa. Devido a distância das cidades e a fragilidade do material, não foi possível transportá-los até lá.

As igrejas de São Francisco de Assis, Nossa Senhora do Pilar e Nossa Senhora da Conceição são exemplos de obras da arquitetura colonial em Outro Preto.

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Arquitetura colonial: Igreja São Francisco de Assis

Arquitetura colonial: Igreja São Francisco de Assis

Arquitetura colonial: Igreja Nossa Senhora do Pilar

Arquitetura colonial: Igreja Nossa Senhora do Pilar

Arquitetura colonial: Igreja Nossa Senhora da Conceição

Arquitetura colonial: Igreja Nossa Senhora da Conceição

Arquitetura colonial em São Luís

São Luís (MA) reúne cerca de 4 mil prédios com arquitetura colonial portuguesa. Diferente das cidades de Minas Gerais, lá é possível observar muitas obras com os famosos azulejos portugueses.

Além de servirem como adornos, ele também ajudam no conforto térmico das obras devido ao clima quente do nordeste.

Arquitetura colonial: casarões com azulejos portugueses

Arquitetura colonial: casarões com azulejos portugueses

A principal obra no estilo barroco na cidade é Catedral de São Luís, chamada atualmente de Igreja da Sé. Projetada pelo jesuíta João Felipe Bettendorf, ela começou a ser construída em 1690 e ficou pronta em 1699.

Arquitetura colonial: Catedral de São Luís

Arquitetura colonial: Catedral de São Luís

Arquitetura colonial tocantinense

A arquitetura colonial tocantinense não é tão lembrada, mas guarda verdadeiros tesouros arquitetônicos.

O município de Natividade conta com cerca de 250 prédios coloniais e igrejas preservadas.

Os escravos foram os responsáveis pela construção de várias obras da arquitetura colonial de Tocantis, como a Igreja de São Benedito e a Matriz de Nossa Senhora da Natividade, construída em 1759.

Arquitetura colonial: Igreja de São Benedito

Arquitetura colonial: Igreja de São Benedito

Arquitetura colonial: Matriz de Nossa Senhora da Natividade

Arquitetura colonial: Matriz de Nossa Senhora da Natividade

Os escravos também construíram a igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que teve sua construção parada em 1817. Hoje, o local recebe festas e celebrações que lembram a importância dos negros na história do Brasil.

Arquitetura colonial: Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

Arquitetura colonial: Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

E aí, qual obra de arquitetura colonial é a sua favorita? Compartilhe com a gente nos comentários!

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