Biomimética: O Que é, Importância + 5 Exemplos na Arquitetura

Biomimética é a área da ciência que estuda as soluções e estratégias usadas pela natureza com o objetivo de aplicá-las em outras áreas de conhecimento como a biologia, medicina, robótica, agricultura, arquitetura, entre outras.

O termo foi inventado em 1969 pelo engenheiro americano Otto Schhmitt e popularizado pela bióloga Janine Benyus há pouco mais de 20 anos.

No entanto, a biomimética já existia antes mesmo da invenção da palavra. Um exemplo é o trabalho de Leonardo da Vinci, que criou vários esboços de máquinas voadoras observando como os pássaros voavam.

Existem alguns exemplos de biomimética na arquitetura que nos mostram como a perfeição da natureza pode ajudar na criação de obras sustentáveis e magníficas. Quer conferir quais são?

No post de hoje, vamos mostrar com mais detalhes o que é a biomimética. Boa leitura!

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O que é biomimética?

Biomimética é a área da ciência que estuda as soluções e estratégias usadas pela natureza com o objetivo de aplicá-las em outras áreas de conhecimento como a biologia, medicina, robótica, agricultura, arquitetura, entre outras.

Ela reforça que a natureza não deve ser vista apenas como uma fonte de recursos para o ser humano, e sim como um conjunto de sistemas, engrenagens e estruturas que inspiram a busca por inovação em diversos segmentos.

O que é biomimética foto onyon.org

O que é biomimética (foto: onyon.org)

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Qual é a importância da biomimética?

A biomimética trouxe contribuições para diversas áreas ao longo da história. Só para citar um exemplo, houve um estudo em que cupinzeiros inspiraram desenhos mais eficientes de ar condicionado.

Outro avanço que podemos destacar é que um dos trens mais velozes do mundo atinge velocidades de 299 km/h copiando o formato do bico do pássaro martim-pescador.

Diante desse contexto, a biomimética pode trazer novas tecnologias e contribuir para a solução de problemas que afligem o planeta, principalmente aqueles ligados à sustentabilidade como, por exemplo, a redução de emissão de CO² na atmosfera.

Qual é a diferença entre biomimética e design biofílico?

O design biofílico é uma estratégia utilizada para a criação de ambientes com elementos da natureza que tragam benefícios para a saúde física e mental como, por exemplo, luz natural e muros verdes.

Já a biomimética na arquitetura busca observar padrões da natureza para criar novas estruturas e edifícios mais modernos e sustentáveis.

Agora que você já sabe qual é a importância dessa área da ciência, veja mais sobre a biomimética na arquitetura.

O que é biomimética na arquitetura?

A arquitetura biomimética é uma corrente contemporânea que traz uma reconexão da arquitetura com a natureza sem simplesmente replicar suas formas, mas também compreendendo as normas que a regem.

Junto com o design biofílico, a biomimética coloca em destaque a importância de buscar novas soluções sustentáveis na construção civil. Por esse motivo, ela é uma das principais tendências de arquitetura e design para os próximos anos.

Mas como usar a arquitetura biomimética na prática? Separamos alguns exemplos de sucesso, confira:

Exemplos de biomimética na arquitetura

 

1. Estádio Nacional de Pequim (Herzog & de Meuron)

Um dos exemplos mais famosos de biomimética na arquitetura é o Estádio Nacional de Pequim, projetado pelo escritório suiço Herzog & de Meuron. A obra imita a estrutura de um ninho de pássaro e essa composição não é à toa.

O objetivo foi proporcionar ao estádio maior estabilidade e resistência, já que a região onde ele foi construído tem alta incidência de terremotos e tremores.

Biomimética Estádio Nacional de Pequim foto iStock

Biomimética: Estádio Nacional de Pequim (foto: iStock)

Biomimética: comparação do Estádio Nacional de Pequim com um ninho do pássaro (fonte da imagem: clorofila-design.blogspot.com.br)

Biomimética: comparação do Estádio Nacional de Pequim com um ninho do pássaro (fonte da imagem: clorofila-design.blogspot.com.br)

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2. Edifício Eastgate Centre (Mick Pearce)

Esse prédio inovador, localizado no Zimbábue, tem um sistema de tubulações de ar inspirado na forma como os cupinzeiros controlam o equilíbrio térmico.

Diante desse contexto, ele mantém a temperatura entre 20 e 22° sem o uso de nenhum ar condicionado.

biomimética edifício Eastgate Centre foto Arquitectura y Sustentabilidade UTEM

Biomimética: Edifício Eastgate Centre (foto: Arquitectura y Sustentabilidade UTEM)

3. Centro Aquático Nacional de Pequim (John Pauline)

Popularmente conhecido como Cubo d’Água, o Centro Aquático Nacional de Pequim chama a atenção por trazer a sensação de que os visitantes estão debaixo d´água.

Ele é revestido com 3 mil bolhas de plástico translúcido e ultra-resistente, conhecido como estileno tetrafluoretileno.

biomimética Centro Aquático Nacional de Pequim Foto Michael Reynolds - EFE Estadão

Biomimética: Centro Aquático Nacional de Pequim (foto: Michael Reynolds – EFE Estadão)

4. Museu de arte de Milwalkeem (Santiago Calatrava)

É impossível olhar para essa obra e não lembrar imediatamente de um pássaro com as asas abertas, não é mesmo?

biomimética museu de arte de Milwalkeem, de Santiago Calatrava foto Revista Projeto

Biomimética: Museu de Arte de Milwalkeem, de Santiago Calatrava (foto: Revista Projeto)

A arquitetura biomimética é uma das marcas registradas do arquiteto Santiago Calatrava, que também aplicou esse conceito na arquitetura do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

A ideia é que o edifício fosse o mais etéreo possível, quase flutuando sobre o mar, como um barco, um pássaro ou uma planta

(Santiago Calatrava sobre o Museu do Amanhã – fonte: site oficial do museu)

5. Templo de Lótus (Fariborz Sahba)

Como o próprio nome sugere, essa linda obra localizada na Índia remete ao formato da flor de Lótus.

A estrutura é composta por 3 fileiras de 9 pétalas cada. As duas primeiras filas se curvam para dentro, enquanto a terceira se curva para fora cobrindo as 9 entradas.

Biomimética templo de lótus foto Pixabay

Biomimética: Templo de lótus (foto: Pixabay)

Quais são as vantagens da biomimética na arquitetura?

  • Usar os recursos da forma mais inteligente possível;
  • Gerar economia de energia;
  • Reaproveitamento de água;
  • Fazer o melhor uso do terreno;
  • Proporcionando conforto aos moradores;
  • Reduzir o impacto ambiental da construção.

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