Teodoro González de León: MUAC

Teodoro González de León foi um renomado artista, membro da geração lecorbusierana, um dos grandes arquitetos e urbanistas do século XX. Sua jornada de vida começou nos subúrbios da Cidade do México e terminou em uma linda casa de paredes brancas e brilhantes, no centro da capital que ele ajudou a modernizar. Pode-se resumir sua história como uma rica experiência e um legado de talento.

Ao longo dos anos, Léon desenvolveu um estilo muito particular e criou obras monumentais, que construíram uma marca inextinguível.

Seu maior interesse foi usar o conhecimento para ajudar a sociedade, restaurando e recuperando edificações e paisagens naturais.

Benedetta Tagliabue é uma arquiteta que também se dedica à recuperação de edificações. Conheça sua trajetória em nosso post.

Essa essência de trabalho tem inspirado, até hoje, profissionais do mundo todo, e servido de base para a arquitetura contemporânea.

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González de León: biografia

González de León nasceu no ano de 1926. Na juventude, ele estudou na Escola Nacional de Arquitetura do México.

Em 1948, ganhou uma bolsa do governo francês para a Escola de Belas Artes de Paris.

Depois, ingressou na Escola de Obras Públicas, onde aprendeu a manusear o concreto, um material que se tornaria a característica principal de seus projetos.

Naquele tempo, Léon passou dezoito meses trabalhando com Le Corbusier – participando, inclusive, dos projetos da Unité d’Habitacion, em Marselha, na Espanha.

Ainda como estudante, ele ganhou um concurso de ideias para o novo campus da Universidade Nacional Autônoma, onde havia começado sua instrução.

Esse foi um dos momentos mais importantes de sua carreira.

Nos anos seguintes, além de projetar, Teodoro González aprimorou suas habilidades como pintor, gravador e escultor – algumas de suas facetas pouco conhecidas.

Ele também ganhou muitos prêmios.

Principais premiações de Teodoro González de León:

Bienal da Argentina;
Bienal da Bulgária;
Bienal do Brasil;
Medalha de ouro da União Internacional de Arquitetos.

Infelizmente, em 2016, sua vida chegou ao fim.

Tenho mais de 80 anos aprendendo a viver, a ser. Não aprendi disciplinas, me tornei modos de vida; ler é um modo de vida, desenhar, pintar, esculpir, é um modo de vida; visitar as cidades, ouvir música e arquitetura são formas de vida, sem religião é o meu modo de vida.

– Teodoro González de León, em reportagem de Metalocus.

González de León: projetos marcantes

Teodoro González trilhou uma longa trajetória.

Ele teve a oportunidade de criar projetos que contemplavam desde a arte do passado, pré-colombiana, até as tendências do futuro, com os modernistas.

Seu trabalho foi influenciado pelas ideias de seus próprios professores e grandes arquitetos de sua época, como Juan Gris e Fernand Léger.

Mas, ele só ganhou maior notoriedade após a colaboração do mestre Abraham Zabludovsky.

Como aluno de Le Corbusier, Léon aprendeu a canalizar suas influências para realizar um trabalho primordial.

No início, sua arte tendia para o brutalismo, caracterizada pelas formas geométricas e estruturas em concreto aparente.

Era quase uma reinterpretação abstrata das rochas vulcânicas do México ou a arquitetura pré-hispânica, como as pirâmides e plataformas de antigas cidades da Mesoamérica.

Assim como as cidades, a arquitetura de León também mudou.

Pouco a pouco ele passou a se interessar mais pelo contraste entre a robustez e a leveza, os efeitos de luz e sombra, e de cheios e vazios.

Sua sensibilidade peculiar permitiu a criação de ambientes que dialogam perfeitamente, tanto com o cenário urbano quanto com o natural.

De repente, suas ideias modernistas passaram a aspirações pós-modernas.

Na última fase de sua carreira, as obras de León assumiram um caráter mais maleável.

Elas misturavam elementos regionais com novas tecnologias internacionais, desde materiais naturais a fabricados.

Muito opostos, mas sempre em equilíbrio e harmonia.

Esse entrelaçamento diversificado foi o traço mais marcante do final da personalidade artística de Teodoro.

Minhas preocupações eram as mesmas que as do movimento moderno: um novo plástico que estava conectado com o cubismo e tudo relacionado com a indústria […] Não eram objetos industriais, era a poesia do objeto industrial.

– González de León, em reportagem de Gato Pardo.

As obras mais importantes de Teodoro González de León

Criamos objetos úteis para que a cidade os possa viver; mas esses objetos também devem nos excitar.

– González de León, em reportagem de Soy Universitario.

Durante sete décadas, González de León expressou suas ideias em projetos urbanos, residenciais, comerciais, governamentais, educacionais e em muitos outros monumentos.

Em seu currículo, há vários trabalhos notáveis.

Confira também a trajetória de Pedro Ramirez Vázquez, arquiteto mexicano que criou notáveis projetos para os Jogos Olímpicos de 1968.

A sua “Ciudad Universitaria”, por exemplo, se tornou, inclusive, parte do Patrimônio Mundial da UNESCO.

Museu Rufino Tamayo

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