A revolução do habitat com inovação, design e sustentabilidade em sintonia
A primeira vez que visitei a CASACOR, ainda nos anos 80, saí impressionado com os ambientes impecáveis e as tendências de decoração. Pouco imaginava que anos depois estaria trabalhando diretamente com o evento como assessor de imprensa. Nas minhas muitas visitas ao longo dessa última década, grande parte delas já como integrante da equipe de comunicação, tenho observado como o evento se transformou. O que antes parecia “apenas uma mostra de decoração” agora se revela como uma verdadeira plataforma de impacto urbano com alcance global. A cada edição que acompanho, mesmo estando nos bastidores, fica mais claro que a CASACOR faz muito mais do que exibir ambientes deslumbrantes – deixa legados por onde passa.
Divulgação : Casa Cor
Em 2025, a CASACOR celebra 38 anos de história com uma edição que promete ser memorável. Passei pelo Parque da Água Branca recentemente para conferir os preparativos e fiquei encantado com a escolha. Como parte do meu trabalho na assessoria, tenho acesso privilegiado aos bastidores, mas sempre mantenho o olhar curioso de quem quer entender o fenômeno além das minhas responsabilidades profissionais.
De 27 de maio a 3 de agosto, este tesouro histórico paulistano de 1929 receberá o evento, e não poderia haver cenário melhor. Andei por suas alamedas, observando seu charme rústico e edificações históricas que estão prestes a passar por uma renovação que vai muito além da estética. Confesso que me emocionei ao imaginar a transformação das áreas abandonadas que vi – com madeiras podres e telhados com infiltração – em ambientes que voltarão a brilhar na paisagem urbana de São Paulo.
Está missão de recuperação de espaços públicos da CASACOR não é uma exceção, mas uma nova diretriz da marca. Acompanhei as últimas edições, com a do Conjunto Nacional, onde pude testemunhar esse impacto urbano positivo. A direção da empresa já está analisando o histórico colégio Caetano de Campos, na Praça da República. Visitei o local dias depois e não consigo parar de imaginar o potencial de transformação.
A CASACOR há muito deixou de ser apenas uma vitrine para arquitetos e decoradores. Ao analisar seu impacto econômico, o evento movimenta até 15 milhões de reais por ano só na edição paulista, com patrocinadores de peso. Os números são impressionantes: 600 mil visitantes anuais, 750 ambientes em 21 cidades, produtos de 1.300 marcas – e o que mais me fascina é observar como a mostra vem expandindo fronteiras, literalmente.
Divulgação : Casa Cor
Já consolidada no exterior e com forte presença no Peru e na Bolívia – em outubro deste ano a marca inaugura a primeira edição na Costa Rica, marcando a entrada da CASACOR na América Central com 30 ambientes assinados por decoradores locais. O mais surpreendente é vislumbrar que o horizonte se expande ainda mais: Dubai é o próximo alvo, com seus 3,8 milhões de habitantes, 1,2 milhão de turistas por mês, com um mercado gigante de arquitetura. Faz muito sentido estar ali.
Como observador atento da trajetória da CASACOR há tantos anos, fico admirado com sua capacidade de reinvenção constante. Lembro-me de visitar durante a pandemia o projeto Janelas, uma iniciativa que levou vitrines de arquitetura para espaços públicos em várias cidades, com profissionais criando propostas em contêineres. Voltei meses depois a algumas comunidades e me surpreendi ao ver que estruturas como cozinhas e ateliês permaneceram como espaços de uso coletivo após o evento.
Divulgação : Casa Cor
Em minhas últimas visitas, tenho notado um forte comprometimento com questões contemporâneas que se reflete em práticas sustentáveis. A mostra é lixo zero e faz compensação de carbono – e há um esforço concreto para aumentar a diversidade entre os profissionais selecionados, afinal, vivemos uma geração onde não se pode aceitar um mundo sem ela.
Ao longo dos anos, em minha função de assessor de imprensa, tenho facilitado entrevistas com diversos arquitetos e designers, e todos concordam que participar da CASACOR representa um marco na carreira. Apesar de meu envolvimento direto com a mostra, sempre busco observar o evento com um olhar analítico, que vai além das minhas responsabilidades profissionais.
E esse ano não será diferente. Estarei lá no Parque da Água Branca, coordenando a comunicação e ao mesmo tempo vivenciando como admirador, para testemunhar esta nova fase da mais importante mostra de arquitetura, design e paisagismo das Américas e sua mistura de inovação, compromisso social e valorização cultural que caracteriza a CASACOR.
É um privilégio raro poder trabalhar diretamente com um evento que também me fascina como entusiasta da cena criativa brasileira e levar ao cenário brasileiro uma edição que promete muito mais que tendências de decoração – representa um importante capítulo na transformação urbana de São Paulo e na busca por um futuro mais sustentável.
