Arquitetura Eclética: Conheça 16 Obras Que Vão Surpreender

Arquitetura eclética é um período de transição da arquitetura que ocorreu entre o século XIX e as primeira décadas do século XX. Ele é marcado pela mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica.

Obras com mais de um estilo arquitetônico são comuns na história da arquitetura, já que os estilos sempre evoluem a partir do que já era feito anteriormente. Sendo assim, o que determina que uma obra tem uma arquitetura eclética?

A expressão é usada em referência aos estilos surgidos durante o século XIX que combinam elementos da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca, gótica, entre outros.

O ecletismo na arquitetura teve uma grande importância histórica e cultural, embora tenha sido rejeitado por muitos arquitetos e intelectuais naquele período e de épocas posteriores.

Quer descobrir mais sobre esse estilo arquitetônico que teve grande influência no Brasil? No post de hoje, vamos explicar o que é arquitetura eclética e mostrar 16 obras de tirar o fôlego. Acompanhe!

O que é arquitetura eclética?

Arquitetura eclética é um período de transição da arquitetura que ocorreu entre o século XIX e as primeira décadas do século XX. Ele é marcado pela mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica.

Arquitetura eclética: Palácio de Reichtag, Alemanha (foto: Wikipédia)

1. Arquitetura eclética: Palácio de Reichtag, Alemanha (foto: Wikipédia)

Vários fatores contribuíram para o surgimento do estilo eclético na arquitetura, entre eles estão a Revolução Industrial e o surgimento da Escola de Belas Artes de Paris. Vamos entender mais sobre eles?

Qual a origem do ecletismo na arquitetura?

A Revolução Industrial (1760 – 1840) representou um momento de virada para a arquitetura. Nesse período, materiais como aço, vidro, ferro forjado, entre outros, passaram a ser produzidos em larga escala. Diante desse contexto, esses elementos, até então pouco usados em obra arquitetônicas, começaram a ser aplicados em projetos grandiosos.

Animados com as novas possibilidades, arquitetos e contratantes da época passaram a criar obras usando elementos do passado, mas em busca da modernidade. Foi assim que surgiram os estilos “neos” (neogótico, neorromânico, neorrenascença, neobarroco, neoclássico, etc).

O estilo eclético na arquitetura ganhou muitos adeptos na segunda metade do século XIX, principalmente em alguns países da Europa como a Inglaterra, a França e a Alemanha.

Arquitetura eclética: Museu D’orsay, em Paris (foto: Jornal da USP)

2. Arquitetura eclética: Museu D’orsay, em Paris (foto: Jornal da USP)

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O ecletismo na arquitetura também agradou os recém-surgidos Estados Unidos, que inauguram o Capitólio em 1.800 (antes da finalização completa da obra).

Arquitetura eclética: Capitólio dos EUA (foto: BBC)

3. Arquitetura eclética: Capitólio dos EUA (foto: BBC)

Outra grande influência para a arquitetura eclética foi a Escola de Belas-Artes de Paris (École des Beaux Arts), que teve sua abertura oficial em 1819. Foi lá que as primeiras disciplinas que abordavam o ecletismo na arquitetura surgiram.

O chamado estilo Beaux-arts, que era praticado pelos alunos da escola, era cheio de ornamentos e destacava o papel artístico da arquitetura. Uma de suas inspirações era a arquitetura clássica.

Entre as obras mais famosas da arquitetura eclética está a Ópera Garnier, inaugurada em 1875. Charlies Garnier, que era aluno da Escola de Belas Artes, ganhou o concurso para a construção da nova casa de ópera de Paris. Seu projeto foi o favorito do imperador Napoleão III e de sua esposa Eugenie.

Arquitetura eclética Ópera Garnier foto Pinterest

4. Arquitetura eclética: Ópera Garnier, em Paris (foto: Pinterest)

Quais as principais características da arquitetura eclética?

  • a simetria dos espaços;
  • o uso de ornamentos como colunas, flores, etc;
  • a utilização de estátuas;
  • o uso da grandiosidade como diferencial;
  • a sofisticação e a dramaticidade nas edificações;
  • a presença do luxo e da riqueza nos ornamentos;
  • o crescimento das atividades de design de interiores, trabalhando também a parte interna das obras;
  • a mescla de dois ou mais estilos arquitetônicos nas obras.

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Arquitetura eclética: Sede do Banco do Japão (foto: Wikipédia)

5. Arquitetura eclética: Sede do Banco do Japão (foto: Wikipédia)

Arquitetura eclética: Prefeitura da Cidade do Cabo (foto: Wikipédia)

6. Arquitetura eclética: Prefeitura da Cidade do Cabo (foto: Wikipédia)

Arquitetura eclética: Palácio de Bellas Artes, México (foto: Wikipédia)

7. Arquitetura eclética: Palácio de Bellas Artes, México (foto: Wikipédia)

Arquitetura eclética: Mesquita Schloss Garten, na Alemanha (foto: Wikipédia)

8. Arquitetura eclética: Mesquita Schloss Garten, Alemanha (foto: Wikipédia)

Arquitetura eclética: Casa Rosada, Argentina (foto: Wikipédia)

9. Arquitetura eclética: Casa Rosada, Argentina (foto: Wikipédia)

Arquitetura eclética no Brasil: veja as principais obras

A arquitetura eclética no Brasil começou a se desenvolver alguns anos após o seu surgimento na Europa. Ela foi uma tendência dentro do academicismo propagado pela Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) e pela sua sucessora, a Escola Nacional de Belas Artes, ao longo do século XIX.

A AIBA ditou os rumos da produção artística nacional durante a segunda metade do século XIX e foi essencial para a popularização da arquitetura eclética no Brasil. Sob a sua influência, surgiram outras escolas de arte no país que também praticavam o ecletismo na arquitetura, entre elas o Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo.

O principal nome do estilo eclético na arquitetura paulistana foi Ramos de Azevedo. Naquele período, a elite paulistana começou a sentir a necessidade de ter uma vida cultural mais moderna e que correspondesse ao crescimento da cidade.

Diante desse contexto, o arquiteto foi responsável pelos projetos do Theatro Municipal e da Pinacoteca do Estado.

Arquitetura eclética: Theatro Municipal de São Paulo (foto: ArchDaily Brasil)

10. Arquitetura eclética: Theatro Municipal de São Paulo (foto: ArchDaily Brasil)

Arquitetura eclética: Pinacoteca de São Paulo (foto: Archidaily)

11. Arquitetura eclética: Pinacoteca de São Paulo (foto: Archidaily)

Outra obra da arquitetura eclética no Brasil que merece destaque é a Estação da Luz, aberta ao público no dia 1º de março de 1901. Seu objetivo era fazer uma conexão entre as fazendas de café paulistas e o Porto de Santos.

Arquitetura eclética: Estação da Luz (foto: Pinterest)

12. Arquitetura eclética: Estação da Luz (foto: Pinterest)

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, projetado por Francisco de Oliveira Passos, também é uma das obras mais marcantes da arquitetura eclética no Brasil. Criado com a colaboração do francês Albert Guilbert, ele foi inspirado na Ópera Garnier, de Paris,

Arquitetura eclética: Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 2010 (Foto Theatro Municipal do Rio de Janeiro - Divulgação)

13. Arquitetura eclética: Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 2010 (Foto Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Divulgação)

No estado de Minas Gerais, o ecletismo aparece também nos traços da edificação do Palácio da Liberdade, situado em Belo Horizonte.

Arquitetura eclética: Palácio da Liberdade em Belo Horizonte (foto: Iepha-MG)

14. Arquitetura eclética: Palácio da Liberdade em Belo Horizonte (foto: Iepha-MG)

Veja mais obras da arquitetura eclética no Brasil

Arquitetura eclética: Teatro Amazona (foto: Wikipédia)

15. Arquitetura eclética: Teatro Amazona (foto: Wikipédia)

Arquitetura eclética: Mercado Municipal em São Paulo (foto: Pinterest)

16. Arquitetura eclética: Mercado Municipal em São Paulo (foto: Pinterest)

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