Arranha-céu: necessidade ou exagero? Conheça os maiores do Brasil e do mundo

Arranha-céu ou arranhas-céus são edifícios habitáveis com mais de 40 andares ou, aproximadamente, 150 metros. Eles tiveram origem na década de 1880, nos EUA.

Desde o seu início, os arranha-céus sempre despertaram a admiração e curiosidades das pessoas.

Apesar disso, os elogios não são unanimidade.

Muitos arquitetos e urbanistas questionam a altura cada vez maior dessas obras, já que elas podem causar poluição visual, gastos exorbitantes na manutenção e até mesmo mudanças no microclima das cidades.

O que não podemos negar é que os arranha-céus foram importantes para o desenvolvimento da arquitetura e construção civil, trazendo novas técnicas e materiais.

E você, será que conhece as maiores curiosidades sobre esse tipo de projeto? Neste artigo, vamos mostrar qual foi o primeiro arranha-céu do mundo, os atuais recordistas em altura e as obras que se destacam no Brasil. Acompanhe!

Conheça outras obras famosas por sua grandiosidade:

O que é arranha-céu?

Arranha-céu ou arranhas-céus são edifícios habitáveis com mais de 40 andares ou, aproximadamente, 150 metros. Eles tiveram origem na década de 1880, nos EUA.

Os primeiros prédios a receberem essa classificação tinham entre 10 a 20 andares, mas hoje é possível encontrar exemplos com mais de 100.

Não existe uma classificação definitiva da altura mínima para que um prédio seja considerado um arranha-céu, pois os limites são cada vez mais superados.

Mas, afinal, quando os arquitetos passaram a criar esse tipo de projeto?

No final do século XIX, o mercado imobiliário começou a perceber que quanto mais se ocupava um terreno com moradias, maiores eram os lucros.

Foi então que as habitações começaram a ser verticalizadas, dando origem aos primeiros edifícios e, posteriormente, arranha-céus.

O aumento da produção do aço e ferro e a criação do primeiro elevador de segurança, em 1852, também foram determinantes para o começo dessa nova era na arquitetura.

O Equitable Life Building, inaugurado em 1870, é considerado por muitos o primeiro arranha-céu do mundo, já que foi o primeiro prédio comercial a ter elevadores.

Localizado em Nova York, ele tem 7 andares e foi construído no estilo neorrenascentista.

Arranha-céu: Equitable Life Building

Arranha-céu: Equitable Life Building

Com o aumento da construção de arranha-céus, cidades como Nova York e Chicago se depararam com um problema: as obras estavam começando a bloquear a luz solar.

Foi então que, em 1916, Nova York criou uma lei de zoneamento que restringia as torres à certa porcentagem do tamanho do lote.

Dessa forma, os prédios passaram a ficar mais estreitos no topo para impedir o bloqueio do sol.

A lei de zoneamento de Nova York foi um marco para a arquitetura e urbanismo, já que serviu de exemplo para muitos outros países.

O Woolworth Building, o Chrysler Building e o Flatiron Building são alguns exemplos de arranha-céus construídos na época.

Arranha-céu: Woolworth Building

Arranha-céu: Woolworth Building

Arranha-céu: Chrysler Building

Arranha-céu: Chrysler Building

Arranha-céu: Flatiron Building

Arranha-céu: Flatiron Building

Veja também: Quais são as 20 maiores cidades do mundo? Descubra se o Brasil está na lista!

Como a arquitetura moderna contribuiu para a popularização dos arranha-céus?

Com o surgimento da Bauhaus e a expansão da arquitetura moderna pelo mundo, os arquitetos passaram a privilegiar a funcionalidade dos espaços.

O uso de ornamentos foi deixado de lado, trazendo mais leveza para a estrutura e fachada das obras.

E falando em fachadas, foi a partir dos anos 50 que os primeiros arranha-céus com cortinas de vidro surgiram.

O material, além de dar uma estética futurista aos edifícios, ajudava na iluminação e ventilação.

Uma das obras mais famosas desse período é o Seagram Building, de Mies Van Der Rohe e Philip Johnson.

Arranha-céu: Seagram Building

Arranha-céu: Seagram Building

Existe um outro estilo arquitetônico que também influenciou na popularização dos arranha-céu. Leia mais:

Arquitetura High Tech: da estética tecnológica à influência na sustentabilidade

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Qual é o arranha-céu mais alto do mundo?

O arranha-céu mais alto do mundo é o Burj Khalifa, localizado em Dubai (Emirados Árabes).

Inaugurada em 2010, a obra tem 828 metros e 163 andares.

Para termos uma ideia da ousadia do projeto, o atual prédio mais alto da Europa é o Lakhta Centre, com “apenas” 462 metros de altura.

O Burj Khalifa faz parte de um complexo comercial e residencial de dois quilômetros quadrados de área chamado Downtown Burj Dubai.

O projeto foi criado pelo arquiteto Adrian Smith, do escritório Skidmore, Owings and Merrill (SOM).

Arranha-céu: Burj Khalifa

Arranha-céu: Burj Khalifa

Dubai está investindo cada vez mais em gigantescos centros comerciais, o que faz com que o recorde do Burj Khalifa esteja cada vez mais próximo do fim.

Está programada para 2020 a inauguração da The Tower at Dubai Creek Harbour, que, segundo os responsáveis pelo empreendimento, vai ultrapassar os 828 metros do atual arranha-céu mais alto do mundo.

Arranha-céu: The Tower at Dubai Creek Harbour

Arranha-céu: The Tower at Dubai Creek Harbour

Outra obra que está nessa corrida para ser o arranha-céu mais alto do mundo é o Kingdom Tower, mais um projeto de Adrian Smith, dessa vez na Arábia Saudita.

A expectativa é que o arranha-céu, previsto para ser inaugurado até 2020, tenha 999,7, atingindo quase a impressionante marca de um quilômetro.

Arranha-céu: Kingdom Tower

Arranha-céu: Kingdom Tower

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Arranha-céu no Brasil: curiosidades

O Edifício Sampaio Moreira é um dos primeiros arranha-céus do Brasil. Localizado em São Paulo, ele foi inaugurado em 1924.

O projeto é de autoria do arquiteto Christiano Stockler, mesmo responsável pela construção da Estação Júlio Prestes.

Tombado em 1992, hoje ele abriga a nova sede da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade.

Arranha-céu: Edifício Sampaio Moreira

Arranha-céu: Edifício Sampaio Moreira

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O Edifício Sampaio Moreira foi o arranha-céu mais alto da cidade até 1929, quando aconteceu a inauguração do Edifício Martineli.

A obra, uma encomenda do Comendador Martinelli, foi projetada pelo arquiteto húngaro William Fillinger.

Todo o cimento utilizado era importado da Suécia e da Noruega. A equipe de construção contou com 600 operários, e uma curiosidade é que o próprio Comendador chegou a colocar a mão na massa durante a obra.

No site oficial do Edifício Martinelli é possível conferir mais curiosidades sobre o projeto.

Arranha-céu: Edifício Martineli

Arranha-céu: Edifício Martineli

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O edifício A Noite, localizado no Rio de Janeiro, também é um dos primeiros arranhas-céu do Brasil. A obra, inaugurada em 1929, tem 102 metros distribuídos em 22 andares.

Uma curiosidade é que ela foi projetada pelo arquiteto Joseph Gire, mesmo responsável por duas obras icônicas do Rio de Janeiro: o Copacabana Palace e o Palácio das Laranjeiras. Ele fez parceria com o arquiteto brasileiro Elisário Bahiana.

O edifício foi um grande marco na arquitetura brasileira, pois se aproximava dos arranha-céus que estavam sendo construídos nos EUA no período, além de se afastar do estilo neoclássico tão presente no país até aquele período.

Em 2013, ele foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Arranha-céu: edifício A Noite

Arranha-céu: edifício A Noite

Atualmente, o arranha-céu mais alto do Brasil é o Millennium Palace, localizado em Balneário Camboriú. A obra tem 177,3 metros e 46 andares.

Arranha-céu: Millennium Palace

Arranha-céu: Millennium Palace

Arranha-céus mais famosos do Brasil

 

  • Palácio Wzarzur (São Paulo)
Arranha-céu: Palácio Wzarzur

Arranha-céu: Palácio Wzarzur

  • Órion Business & Health Complex (Goiás)
Arranha-Céu: Órion Business & Health Complex

Arranha-Céu: Órion Business & Health Complex

  • Condomínio Edifício Itália (São Paulo)
Arranha-Céu: Condomínio Edifício Itália

Arranha-Céu: Condomínio Edifício Itália

  • Edifício Altino Arantes (São Paulo)
Arranha-céu: edifício Altino Arantes

Arranha-céu: edifício Altino Arantes

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